Mostrar mensagens com a etiqueta Dislexia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dislexia. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

COMO AJUDAR O SEU FILHO DISLÉXICO A OBTER SUCESSO NA ESCOLA (actualização)

COMO AJUDAR O SEU FILHO DISLÉXICO A OBTER SUCESSO NA ESCOLA (actualização)

(Imagem: Portal da Dislexia)


"PEQUENOS PASSOS… PARA OBTER BONS 

RESULTADOS!"

Já passaram cerca de 8 anos desde que foi diagnosticado que a minha filha, agora com 15 anos de idade, tem DISLEXIA. A verdade é que os primeiros tempos foram angustiantes face ao desconhecimento total do que era a DISLEXIA.


Desde o primeiro momento, temos vindo a pesquisar tudo o que se possa aprender e compreender sobre a DISLEXIA. A Internet tem sido uma ferramenta fundamental para atingir este objectivo, mas também temos recorrido à leitura de alguns livros, como o livro “O Dom da Dislexia” de Ronald D. Davis, bem como a ajuda de profissionais especializadas.

Ao fim destes 8 anos a Dislexia já não é uma desconhecida, nem agonia o nosso seio familiar. Este esforço de compreensão da dislexia e a aplicação de alguns métodos, traduz-se no aproveitamento escolar da nossa filha, que chegou ao seu 3º ano de vida escolar quase sem saber ler e escrever, para estar agora a iniciar o 10º Ano de escolaridade com aproveitamento escolar, superando deste modo, toda as nossas melhores expectativas.

Deste modo partilho aqui alguns métodos de abordagem, para contornar as dificuldades na aprendizagem, por nós aplicados, para ultrapassar o problema da DISLEXIA.


O que é a dislexia?

"A dislexia é uma dificuldade especifica e durável da aprendizagem da leitura e da escrita, em que não houve a aquisição do seu automatismo, e experimentada por crianças normalmente inteligentes, normalmente escolarizadas e indemnes de perturbações sensoriais."
(Debrey - Ritzen e Mélékian)



A intuição e o Pensamento Multidimensional !

Na dislexia duas pessoas nunca apresentam as mesmas dificuldades. A dislexia é como um dom que vai evoluindo com a pessoa, e essa evolução tem de ser criada e trabalhada pelo disléxico. Com o passar do tempo muda e com muita frequência não se desenvolve totalmente até o disléxico ter deixado a escola.

Para se perceber melhor, o processo de pensamento do disléxico é um modo não-verbal de pensar em imagens, que ocorre, segundo alguns estudos, à velocidade de trinta e duas imagens por segundo (imagens individuais conceptualizadas), enquanto um não disléxico, um pensador verbal, pode ter entre dois a cinco pensamentos (palavras individuais conceptualizadas). Matematicamente isto dá como resultado que o disléxico tem um número de pensamentos de seis a dez vezes maior.

O único inconveniente de pensar em imagens é que a pessoa disléxica não está consciente das imagens individuais enquanto elas vão ocorrendo, por que tudo acontece muito depressa. O nosso cérebro precisa de um tempo necessário para que algo seja registado na consciência do individuo (Cognição). Um disléxico ao pensar à velocidade de trinta e duas imagens por segundo, cai na categoria chamada “subliminar”. Se um estimulo não estiver pelo menos presente cerca de trinta e seis imagens por segundo nós não conseguimos capta-lo, porque passa demasiado depressa para que o nosso cérebro possa capta-lo.

Deste modo o disléxico consegue por vezes saber a resposta a um problema, como que por intuição, mas não consegue ter total consciência de como chegou a essa resposta. É um processo que é chamado “Devaneio”.

Muitas vezes, pais e professores são muito críticos com este processo; Devaneio; no fundo porque eles próprios não o conseguem compreender. No entanto deviam encoraja-lo.

Albert Einstein, também ele disléxico, publicou no princípio do século vinte, a Teoria Geral da Relatividade, teoria esta que surgiu-lhe durante um “devaneio”, no qual segundo o mesmo, ele viajava ao lado de um feixe de luz. Para Einstein o conceito era simples, para uma pessoa comum era quase incompreensível, o levou e ainda leva, à elaboração de uma enorme quantidade de livros que tentam explicá-la.

Também Leonardo da Vinci, concebeu um submarino trezentos anos antes da invenção da bomba de água moderna; teve a visão de um helicóptero, quatrocentos anos antes de existir um motor que o pudesse fazer voar.

A desorientação acrescenta dimensão ao processo do pensamento. O pensamento torna-se assim multidimensional e utiliza todos os sentidos.

Quando ocorre a desorientação o cérebro deixa de ver aquilo que os olhos estão a ver, os ouvidos o que estão a ouvir, para ver e ouvir aquilo que a pessoa está a pensar. Ou seja um dos aspetos do pensamento multidimensional é a capacidade do pensador viver os pensamentos como a realidade.

Se “a necessidade é a mãe da criatividade”, então o pensamento multidimensional deve ser o seu pai. Este conceito ajuda-nos a entender como é que Albert Einstein chegou a elaboradas teorias, que ainda hoje não são compreendidas por muitos, bem como Leonardo da Vinci, a complexas maquinas que só muitos anos depois é que puderam ser, tecnologicamente construídas.

(in: O dom da dislexia / Ronald D. Davis)



O Papel dos Pais

O papel activo dos Pais é essencial para que o seu filho disléxico consiga ter sucesso no seu percurso escolar.

Só com o empenho total dos Pais é que este processo terá o seu êxito.

“Ninguém conhece melhor o seu filho como os seus pais”. É a partir deste princípio que se irá dar início ao processo na ajuda do seu filho disléxico.

Os pais devem fazer um acompanhamento contínuo do percurso escolar do seu filho, não apenas no final de cada período lectivo, mas sim durante todo o ano escolar.

No início do ano lectivo contacte com o Diretor de Turma e/ou o professor de ensino especial, partilhe com eles todo o historial do seu filho, as suas dificuldades, os seus gostos, a sua atitude em relação á escola e sobretudo mostre ao professor o seu forte empenho, para que o seu filho tenha um bom aproveitamento escolar. Deste modo irá mostrar aos professores que quer e que está a participar. Se possível deixe o seu contacto (Ex: Email, telefone) e reafirme a sua total disponibilidade no acompanhamento na educação do seu filho.

Na relação com o seu filho não faça da DISLEXIA um tema “Tabu”! Partilhe o seu conhecimento com o seu filho, faça-o sentir e compreender que apesar da Dislexia ser um problema de inicio, poderá ser com o tempo, um talento único, um dom que, uma vez dominado, permite atingir extraordinários patamares de realização académica e profissional.

Sérgio Vicente / Toziblog
O Papel dos Professores

O papel do professor na evolução positiva do seu filho disléxico é essencial. O professor deverá saber acompanhar e compreender as dificuldades do aluno disléxico, para que deste modo possa adaptar melhor a matéria escolar às características deste aluno.

É neste ponto que a interação entre pais, professores e o aluno(a) é essencial. A partilha de conhecimentos entre ambos, vai acelerar este processo, melhorando deste modo todo o processo de aprendizagem.

Terá que ter em consideração que o professor não terá apenas o seu filho com dificuldades de aprendizagem. Haverá outros alunos com várias necessidades de aprendizagem especiais.

O diálogo continuo e compreensão entre o professor, pais e aluno é deste modo, extremamente necessário. 



Sérgio Vicente / Toziblog
Apoio na organização do estudo

Ensinar do aluno disléxico uma metodologia/disciplina de ensino é um dos pontos de partida para o seu sucesso.

Não adote pelo facilitismo. Não imponha muitas regras rígidas de métodos de estudo. Este método deverá ser encontrado através do diálogo com o aluno(a).

Deverá ser ele(a) a apontar quais as suas reais dificuldades nas matérias didacticas, dando-lhe ênfase a estratégias activas que permitirão à gestão das suas próprias dificuldades, tornando-o mais consciente nas áreas onde residem as suas dificuldades conseguindo deste modo  desenvolver capacidades de autocorreção.

A partir deste ponto será mais fácil encontrar uma metodologia de estudo que irá contribuir, não só para que ele(a) mantenha interesse pela escola, como também será mais fácil pais e professores encontrarem soluções para colmatar estas dificuldades.

Em casa poderá usar a internet. Existem muitos “sites” de professores (entre outros) que ensinam e ajudam nas matérias curriculares dadas. Este ao identificar quais as suas dificuldades levará a que possa encontrar nestes “sites” melhores metodologias para que lhe possa explicar e colmatar essas dificuldades, de um modo que ele as melhor compreenda.

Deste modo dará alguma segurança e empenho ao seu filho no alcance do seu sucesso escolar. 


Apoio Especializado

Na escola na maioria dos casos, o aluno(a) disléxico beneficiará do apoio de um professor de Educação especial. Fora do ambiente escolar, existem também profissionais especializados (Ex. Terapeuta da Fala, psicólogos.) nos problemas decorrentes da dislexia que poderão dar uma boa ajuda na evolução da criança, no entanto, devido aos custos financeiros que estes possam comportar, terá que avaliar a disponibilidade financeira da família para o efeito. 

Autonomia

A criança/jovem deverá ser incentivada a cultivar a sua autonomia.
Deverá dar-lhe oportunidade de espaço para que esta crie essa autonomia nos diversos aspetos do seu crescimento.

Para uma criança/jovem com dislexia, que devido ao seu problema por vezes cultiva uma baixa autoestima, esta conquista de autonomia gradual irá, com o passar do tempo, combater esta mesma baixa autoestima.

Os pais tem que ter, sobretudo, confiança nos seus filhos e acreditar que eles são capazes, dando-lhes oportunidades para crescerem e tornarem-se o mais independentes possíveis.

Lembre-se que uma sobre proteção destas crianças ( e de todas as outras), frequentemente cria pessoas inseguras e muito dependentes. quando sobre protegemos uma criança estamos a torná-la mais vulnerável.

Controlo do Nível emocional

Deverá ter em conta que um(a) aluno(a) disléxico, para conseguir um bom desempenho escolar terá que ser bastante disciplinada no estudo. Esta “autodisciplina”  e esforço adicional levará a que esteja sempre exposta a uma maior pressão para atingir os seus objetivos. 

E uma maior pressão originará um maior “stress” emocional, o que levará a mostrar-se por vezes mais agressiva e/ou angustiada.

Deste modo cabe aos pais e professores estarem atentos a esses “picos de stress emocional”, e através do dialogo com a criança e/ou a prática de outras atividades extracurriculares (Ex: natação), possam ajudar a ultrapassar estes estados emocionais, que caso não sejam colmatados/acompanhados iram influenciar negativamente o desempenho escolar da criança.



Atitude positiva

Tenha uma sempre uma atitude para com o seu filho.

Elogie sempre os seus sucessos.

Nos insucessos converse com ele, faça-o sentir que ele é capaz de melhorar, e MUITO IMPORTANTE, demonstre-lhe que estará ao seu lado para o ajudar a atingir esses objetivos.

Tenha sempre uma “ponte do dialogo” aberta com o seu filho, não só sobre a matéria escolar, mas também sobre o seu dia-a-dia, e os problemas/duvidas que lhe possam aparecer. Disponha diariamente de algum tempo para dialogar com o seu filho, demonstrando-lhe assim que se preocupa com ele e que caso ele necessite poderá sempre contar consigo e a sua compreensão.

A Dislexia e o sucesso

A Noticia de que um filho tem dislexia é quase sempre recebida com angustia. É uma reação natural, mas o alarme não se justifica. Porque a dislexia, apesar de se manifestar em dificuldades na aprendizagem, é na verdade um talento único, um dom que, uma vez dominado, , permite atingir extraordinários patamares de realização académica e profissional.

Temos os exemplos de Albert Einstein, que se destacou na ciência, Leonardo da Vinci nas artes, Winston Churchill na politica, Jonh Lennon na musica, Henry Ford nos negócios, Thomas Edison um grande inventor, todos eles deslexicos.

"Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita." (Albert Einstein)

"Fui totalmente desestimulado nos meus dias de escola. E nada é mais desencorajador do que ser marginalizados na sala de aula, o que nos leva  a sentirmo-nos inferiores na nossa origem humana." (Winston Churchils) 

" A mais satisfatória forma de arrebatamento é pensar, pensar e pensar..." (Thomas Edison)


Quais são os direitos de um aluno disléxico perante a lei?

Todas as crianças têm o direito fundamental á educação. O Decreto-Lei n.º 3/2008 vem enquadrar as respostas educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de permanente e das quais resultam dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.












sexta-feira, 31 de agosto de 2012

COMO AJUDAR O SEU FILHO DISLÉXICO A OBTER SUCESSO NA ESCOLA


"PEQUENOS PASSOS… PARA OBTER BONS RESULTADOS!"

Já passaram cerca de cinco anos desde que foi diagnosticado que a minha filha, agora com 11 anos de idade, tem DISLEXIA. A verdade é que os primeiros tempos foram angustiantes face ao desconhecimento total do que era a DISLEXIA.
Desde o primeiro momento, temos vindo a pesquisar tudo o que se possa aprender e compreender sobre a DISLEXIA. A internet tem sido uma ferramenta fundamental para atingir este objetivo, mas também temos recorrido à leitura de alguns livros, como o livro “O Dom da Dislexia” de Ronald D. Davis, bem como a ajuda de profissionais especializadas.
Ao fim destes cinco anos a Dislexia já não é uma desconhecida, nem agonia o nosso seio familiar. Este esforço de compreensão da dislexia e a aplicação de alguns métodos, traduz-se no aproveitamento escolar da nossa filha, que chegou ao seu 3º ano de vida escolar quase sem saber ler e escrever, para chegar ao final do 5º ano com um bom aproveitamento escolar, superando deste modo, toda as nossas melhores expectativas
.
Deste modo partilho aqui alguns métodos de abordagem, para contornar as dificuldades na aprendizagem, por nós aplicados, para ultrapassar o problema da DISLEXIA.

O que é a dislexia?

"A dislexia é uma dificuldade especifica e durável da aprendizagem da leitura e da escrita, em que não houve a aquisição do seu automatismo, e experimentada por crianças normalmente inteligentes, normalmente escolarizadas e indemnes de perturbações sensoriais."
(Debrey - Ritzen e Mélékian)

O Papel dos Pais

O papel activo dos Pais é essencial para que o seu filho disléxico consiga ter sucesso no seu percurso escolar.
Só com o empenho total dos Pais é que este processo terá o seu êxito.
“Ninguém conhece melhor o seu filho como os seus pais”. É a partir deste princípio que se irá dar início ao processo na ajuda do seu filho disléxico.
Os pais devem fazer um acompanhamento contínuo do percurso escolar do seu filho, não apenas no final de cada período lectivo, mas sim durante todo o ano escolar.
No início do ano lectivo contacte com o Diretor de Turma e/ou o professor de ensino especial, partilhe com eles todo o historial do seu filho, as suas dificuldades, os seus gostos, a sua atitude em relação á escola e sobretudo mostre ao professor o seu forte empenho, para que o seu filho tenha um bom aproveitamento escolar. Deste modo irá mostrar aos professores que quer e que está a participar. Se possível deixe o seu contacto (Ex: Email, telefone) e reafirme a sua total disponibilidade no acompanhamento na educação do seu filho.
Na relação com o seu filho não faça da DISLEXIA um tema “Tabu”! Partilhe o seu conhecimento com o seu filho, faça-o sentir e compreender que apesar da Dislexia ser um problema de inicio, poderá ser com o tempo, um talento único, um dom que, uma vez dominado, permite atingir extraordinários patamares de realização académica e profissional.

Sérgio Vicente / Toziblog
O Papel dos Professores

O papel do professor na evolução positiva do seu filho disléxico é essencial. O professor deverá saber acompanhar e compreender as dificuldades da criança disléxica, para que deste modo possa adaptar melhor a matéria escolar às características deste aluno.
É neste ponto que a interação entre pais, professores a criança é essencial. A partilha de conhecimentos entre ambos, vai acelerar este processo, melhorando deste modo todo o processo de aprendizagem.
Terá que ter em consideração que o professor não terá apenas o seu filho com dificuldades de aprendizagem. Haverá outras crianças com várias necessidades de aprendizagem especiais.
O diálogo continuo e compreensão entre o professor, pais e aluno é deste modo, extremamente necessário. 



Sérgio Vicente / Toziblog
Apoio na organização do estudo

Ensinar a criança disléxica uma metodologia/disciplina de ensino é um dos pontos de partida para o seu sucesso.
Não adote pelo facilitismo. Não imponha muitas regras rígidas de métodos de estudo. Este método deverá ser encontrado através do diálogo com a criança.
Deverá ser ela a apontar quais as suas reais dificuldades nas matérias didacticas, dando-lhe ênfase a estratégias activas que permitirão à gestão das suas proprias dificuldades, tornando a criança mais consciente nas areas onde residem as suas dificuldades conseguindo deste modo  desenvolver capacidades de autocorreção.
A partir deste ponto será mais fácil encontrar uma metodologia de estudo que irá contribuir, não só para que a criança mantenha interesse pela escola, como também será mais fácil pais e professores encontrarem soluções para colmatar estas dificuldades.
Em casa poderá usar a internet. Existem muitos “sites” de professores (entre outros) que ensinam e ajudam nas matérias curriculares dadas. A criança ao identificar quais as suas dificuldades levará a que possa encontrar nestes “sites” melhores metodologias para que lhe possa explicar e colmatar essas dificuldades, de um modo que ele as melhor compreenda.
Deste modo dará alguma segurança e empenho ao seu filho no alcance do seu sucesso escolar. 


Apoio Especializado

Na escola na maioria dos casos, a criança disléxica beneficiará do apoio de um professor de Educação especial. Fora do ambiente escolar, existem também profissionais especializados (Ex. Terapeuta da Fala, psicólogos.) nos problemas decorrentes da dislexia que poderão dar uma boa ajuda na evolução da criança, no entanto, devido aos custos financeiros que estes possam comportar, terá que avaliar a disponibilidade financeira da família para o efeito. 

A Criança e a sua Autonomia

A criança deverá ser incentivada a cultivar a sua autonomia.
Deverá dar á criança oportunidade de espaço para que esta crie essa autonomia nos diversos aspetos do seu crescimento.
Para uma criança dislexia, que devido ao seu problema por vezes cultiva uma baixa autoestima, esta conquista de autonomia gradual irá, com o passar do tempo, combater esta mesma baixa autoestima.
Os pais tem que ter, sobretudo, confiança nos seus filhos e acreditar que eles são capazes, dando-lhes oportunidades para crescerem e tornarem-se o mais independentes possíveis.
Lembre-se que uma sobre proteção destas crianças ( e de todas a s outras), frequentemente cria pessoas inseguras e muito dependentes. quando sobre protegemos uma criança estamos a torná-la mais vulnerável.

Controlo do Nível emocional

Deverá ter em conta que uma criança disléxica, para conseguir um bom desempenho escolar terá que ser bastante disciplinada no estudo. Esta “autodisciplina”  e esforço adicional levará que a criança esteja sempre exposta a uma maior pressão para atingir os seus objetivos. E uma maior pressão originará um maior “stress” emocional, o que levará a criança  a mostrar-se por vezes mais agressiva e/ou angustiada.
Deste modo cabe aos pais e professores estarem atentos a esses “picos de stress emocional”, e através do dialogo com a criança e/ou a prática de outras atividades extracurriculares (Ex: natação), possam ajudar a ultrapassar estes estados emocionais, que caso não sejam colmatados/acompanhados iram influenciar negativamente o desempenho escolar da criança.



Atitude positiva

Tenha uma sempre uma atitude para com o seu filho.
Elogie sempre os seus sucessos.
Nos insucessos converse com ele, faça-o sentir que ele é capaz de melhorar, e MUITO IMPORTANTE, demonstre-lhe que estará ao seu lado para o ajudar a atingir esses objetivos.
Tenha sempre uma “ponte do dialogo” aberta com o seu filho, não só sobre a matéria escolar, mas também sobre o seu dia-a-dia, e os problemas/duvidas que lhe possam aparecer. Disponha diariamente de algum tempo para dialogar com o seu filho, demonstrando-lhe assim que se preocupa com ele e que caso ele necessite poderá sempre contar consigo e a sua compreensão.

A Dislexia e o sucesso

A Noticia de que um filho tem dislexia é quase sempre recebida com angustia. É uma reação natural, mas o alarme não se justifica. Porque a dislexia, apesar de se manifestar em dificuldades na aprendizagem, é na verdade um talento único, um dom que, uma vez dominado, , permite atingir extraordinários patamares de realização académica e profissional.
Temos os exemplos de Albert Einstein, que se destacou na ciência, Leonardo da Vinci nas artes, Winston Churchill na politica, Jonh Lennon na musica, Henry Ford nos negócios, Thomas Edison um grande inventor, todos eles deslexicos.

"Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita." (Albert Einstein)

"Fui totalmente desestimulado nos meus dias de escola. E nada é mais desencorajador do que ser marginalizados na sala de aula, o que nos leva  a sentirmo-nos inferiores na nossa origem humana." (Winston Churchils) 

" A mais satisfatória forma de arrebatamento é pensar, pensar e pensar..." (Thomas Edison)

Quais são os direitos de um aluno disléxico perante a lei?
Todas as crianças têm o direito fundamental á educação. O Decreto-Lei n.º 3/2008 vem enquadrar as respostas educativas a desenvolver no âmbito da adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e participação, num ou vários domínios da vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais de permanente e das quais resultam dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social.







segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DISLEXIA - Os problemas emocionais da Criança.


O problema da dislexia é algo que já pertence ao meu dia á dia. Temos conseguido várias vitórias face a este problema, nomeadamente no aproveitamento escolar da minha filha disléxica, aproveitamento este, que tem superado em muito as minhas expectativas que tinha no início deste ano lectivo. A passagem do 4º ano para o 5º ano lectivo, deixo-me apreensivo quanto à sua adaptação a uma nova escola e novos métodos de ensino.

Estes seus sucessos deixam-me bastante orgulhoso face ao seu enorme esforço para conseguir vencer os problemas causados pela dislexia, como também mostram que o método que adota-mos foi o correto, método este que consiste no encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência, pelos elogios quando faz algo bem, e muito importante, fazer com que ela note que as pessoas a sua volta estão a ajuda-la face ao seu problema.

No entanto existe um outro problema, os problemas emocionais que perseguem a criança dislexia devido toda a tenção e esforço que a mesma tem que fazer para superar os seus problemas. Neste caso em concreto os problemas são muito mais difíceis de superar, muito também pela sua complexidade.
(fonte: top30.com.br)
Partilho aqui dois artigos que encontrei na internet, e que me vão dando algum apoio e metodologias de como abordar este problema específico com a minha filha.



Cada vez mais disléxicos são encorajados a ver a sua dislexia de forma positiva. No entanto, muitos disléxicos sentem um conjunto de emoções angustiantes relativamente às suas dificuldades:


Confusão e perplexidade

Normalmente, um disléxico sente-se completamente confuso. Consegue ter um pensamento brilhante e rápido em alguns aspetos, mas, aparentemente, bastante lento e “estúpido” noutros.

Embaraço, vergonha e culpa

Um disléxico pode sentir vergonha de ser como é, ou seja isso afecta a sua personalidade, o seu viver. O disléxico pode pensar que tem razões para se sentir culpado. “Ella”, uma ceramista de sucesso afirma: “Eu tinha um segredo dentro de mim. Guardei-o numa caixa para que ninguém o visse. O que estava na caixa era dislexia. Era um autêntico pesadelo!”

Falta de confiança, baixa autoestima

As emoções acima descritas – confusão, vergonha, culpa – são um golpe duro para a confiança e autoestima do disléxico. Esta falta de confiança e baixa autoestima manifesta-se tanto em relação a tarefas específicas que uma pessoa disléxica encontra dificuldade, mas também de uma forma geral (no trabalho, na escola, com os amigos…)

Frustração e raiva 

A sensação de estar preso e impotente é frequentemente relatada por disléxicos. Rapidamente a frustração transforma-se em raiva, que normalmente é dirigida contra si próprio.

Ansiedade, medo e pânico

Perante as dificuldades na vida, os disléxicos tendem a viver num círculo vicioso de ansiedade e ineficácia, o que muitas vezes provoca sintomas físicos: ataques de pânico, náuseas, enxaquecas, susceptibilidade à doença.

Desânimo e depressão

O disléxico atravessa muitas dificuldades e se as mesmas não forem diagnosticadas e devidamente acompanhadas, perderá a esperança e afundar-se na depressão.
(In: DISLEXICOS SAIBA SEUS DIREITOS; dislexicosaibaseusdireitos.blogspot.com)

 Problemas emocionais

Não saber ler ou escrever tem um “estigma” social muito grande, e a pessoa traz este sentimento consigo. Esta tensão e esta visão de si mesmo como “não aprendiz” estão presentes quando a pessoa se senta para escrever, e se manifesta muitas vezes na rigidez do braço e mão, muitas vezes anulando o movimento do pulso (necessário para escrever). A experiência emocional da escrita também se manifesta em verbalizações como “não gosto de escrever”, “não quero aprender a escrever” ou “não sou bom para escrever”... Ela só se modificará quando a criança se vir efetivamente “realizando” o ato de escrever.


A criança disléxica, é geralmente triste e deprimida, pelo repetido fracasso em seus esforços, para superar suas dificuldades, outras vezes, mostra-se agressiva e angustiada. Estes intensos sentimentos de inferioridade, provocam frustrações, como a reprovação e a evasão, que são ocorrências comuns na vida escolar do disléxico. Existem, também, consequências mais profundas, no nível emocional, como diminuição do autoconceito, reações rebeldes e delinquências.
Em geral, a criança é considerada desatenta, preguiçosa e sem vontade de aprender, o que cria uma situação emocional que tende a se agravar, especialmente em função da injustiça que possa vir a sofrer. O seu esforço de lutar contra as dificuldades, a censura e a deceção, às vezes, leva a criança disléxica a manifestar sintomas como dores abdominais, de cabeça ou transtornos do comportamento.

Em geral, os problemas emocionais surgem como uma reação secundária aos problemas de rendimento escolar. As crianças disléxicas tendem a exibir um quadro mais ou menos típico, com variações de criança para criança, cujas características são a reduzida motivação e empenho pelas atividades, recusa de situações e atividades que exigem leitura e escrita, sintomatologia ansiosa, perante avaliações ou atividades de leitura e escrita, sentimentos de tristeza e de culpabilização, reduzida autoestima, insegurança, vergonha, incapacidade, inferioridade e frustração, comportamento de oposição e desobediência perante pais, professores, enurese noturna e perturbação do sono.

O papel dos pais

Os pais conhecem seus filhos melhor do que ninguém, por este motivo precisam ficar atentos a frustrações, tensões, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento. É deles a responsabilidade de ajudar a criança a ter resultados melhores, e deve partir deles, a procura de profissionais para realizar um diagnóstico multidisciplinar a cerca das dificuldades da criança, porque quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção melhor, maiores são as oportunidades de sucesso.


O encorajamento, a ajuda, a compreensão e a paciência (pois o disléxico leva mais tempo para realizar algumas tarefas, e poderá ter de repeti-las várias vezes para retê-las), faz parte do papel dos pais, assim como ir em busca de uma instituição educacional que atenda da melhor maneira às necessidades da criança (por exemplo, estudar o currículo da escola e seu método de ensino).E ter uma relação de troca, fazendo um intercâmbio entre os acontecimentos em casa, na escola e com os profissionais envolvidos.

Apesar de suas dificuldades o disléxico apresenta muitas habilidades e talentos, como a facilidade para construir, ou consertar as coisas quebradas, ser um ótimo amigo, ter ideias criativas, achar soluções originais para os problemas, desenhar e/ou pintar muito bem, ter ótimo desempenho na atividade física e na música, demonstrar grande afinidade com a matemática, revelar-se bom contador de histórias, sobressair-se como ator ou dançarino e lembrar-se de detalhes.

Portanto, é importante que os pais focalizem sempre o que ele(a) faz melhor, encorajando-o(a) a fazê-lo. Faça elogios, por ele tentar fazer algo que considera difícil e não o deixando desistir. Ressalte sempre as respostas corretas e não as erradas, valorizando seus acertos. Tranquilize a criança, pois apesar das dificuldades de aprendizagem, ela é inteligente e esperta. E não deixe a criança sentir que o seu valor como pessoa está relacionado ao seu desempenho escolar.


É importante, a criança notar que as pessoas a sua volta estão a ajuda-la, e irá deixa-la mais segura. O acompanhamento e/ou programas especializados na alfabetização também auxiliam. Os pais precisam mostrar à criança que estão interessados nas suas dificuldades, pois quanto mais ajuda, zelo, carinho, afeto e compreensão mais ela se sentirá capaz para evoluir.
Os pais podem auxiliar seu filho disléxico, programando o seu dia, através do horário do sono, incentivando a comunicação (falar e escutar são importantes), conversando bastante com a criança, expressando sentimentos, demonstrando interesse, tendo vocabulário e fala fluente e estimulando suas habilidades.

Para o disléxico organizar-se, é necessário dividir o tempo, para fazer os seus trabalhos de casa, dividir trabalhos longos em partes menores, ter um lugar específico para fazer as lições e atividades, usar uma agenda, calendário, e fazer um planeamento diário para suas tarefas.
O fundamental é identificar o problema e dar instrumentos para a criança, apesar da dificuldade, levar uma vida normal do ponto de vista acadêmico, familiar e afetivo. Há indivíduos que vão depender sempre de um corretor de texto. Mas, muitos escritores famosos fazem isso sem constrangimento. Como eles, os disléxicos também podem escrever livros belíssimos, desde que corretamente orientados e incentivados.
(In:  http://www.profala.com/artdislexia18.htm ; Autores: Dany Kappes, Gelson Franzen, Glades Teixeira e Vanessa Guimarães)

Encorajamento/ Ajuda / Compreensão / Paciência

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Realidades sobre a Dislexia!

Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem que muitas vezes pode ser devastadora se não for devidamente tratada.
As pessoas que sofrem de dislexia podem ter problemas com leitura, escrita ou ambos.
Apesar disso, muitos conseguem vencer o problema, tornando-se muito bem sucedidas e conhecidas!
Existem pessoas muito conhecidas que sofreram, ou sofrem de dislexia. Você ficará surpreendido ao reconhece-las:


DISLEXICOS FAMOSOS

Então reconheceu alguem...?!

Veja mais dislexicos famosos Aqui!

sábado, 29 de maio de 2010

Dislexia - Reconhecer os seus sintomas.

O tema da Dislexia é para mim, um assunto que me toca em particular. Pois tendo uma filhota com este problema, tento deste modo perceber melhor o que é a dislexia e os métodos de tratamentos, para que possa de ajuda-la a superar esta sua dificuldade.
Quero deste modo, partilhar com todos, o que eu próprio vou aprendendo sobre esta matéria, publicando neste meu Blog, tudo o que seja relevante sobre este tema.

Reconhecer os seus sintomas.

Seu filho costuma ler devagar, silabicamente, e está abaixo da escolaridade normal? Esses sintomas podem dizer que ele é disléxico. Dislexia não tem nada a ver com incapacidade intelectual.
A dislexia é uma doença comum, que, como outras, podem ser tratadas. Seus primeiros indícios costumam estar relacionados ao atraso de linguagem, à troca de letras na fala e à dificuldade na nomeação. Na pré-escola, as crianças disléxicas costumam apresentar dificuldades em aprender os nomes das letras e das cores e em pronunciar as palavras.
Estudo realizado pela médica Sally Shaywitz, da Universidade de Yale [EUA], mostra que os disléxicos possuem um sistema neural diferente para leitura. Os disléxicos sub-ativam a parte posterior do cérebro e tendem a superlativar as áreas frontais. Os não-disléxicos respondem melhor ao estímulo da leitura e activam mais rapidamente a área posterior.
Essas dificuldades em geral resultam tanto de um deficit inesperado – se comparando as outras capacidades cognitivas – no componente fonológico da linguagem quanto da fala de um ensino eficaz em sala de aula. As consequências secundárias podem incluir problemas na compreensão do que se lê e redução da experiência de leitura, o que pode impedir o aumento do vocabulário e do conhecimento em geral.
A dislexia é hereditária. De 23% a 65% das crianças com pais disléxicos podem desenvolver a desordem.

Dicas para combater a dislexia
  • Ler histórias compreensíveis para a idade da criança ajuda a enriquecer o vocabulário
  • Faça da leitura um hábito.
  • Peça para a criança ler textos do seu interesse durante 10 minutos por dia
  • Brinque com jogos educativos e softwares em família.
  • Eles desenvolvem a leitura, a memória, a atenção e outras áreas importantes do cérebro.
  • Use computador e gravador, principalmente para digitar textos, resumir matérias e gravar aulas
  • Mostre conceitos abstractos, como água saindo do estado líquido para vapor. Exemplos visuais são mais fáceis de ser compreendidos

 (Fonte: Internet)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dificuldades de Aprendizagem - A Dislexia

A dislexia é muito comum. A dislexia causa um verdadeiro sofrimento e perda de auto-estima, uma vez que as crianças disléxicas não compreendem porque razão é que têm tanta dificuldade em ler, sendo tão inteligentes como os seus amigos que lêem facilmente. Muitas crianças perdem confiança e isso leva a uma espiral de frustração, rebelião, agressividade e até à delinquência. Apesar disto, muitos disléxicos desenvolvem grandes talentos noutras áreas – desporto, ciência, informática, comércio ou nas artes, desde que os seus problemas iniciais com a leitura não o façam perder toda a esperança e auto-estima.

Para um melhor conhecimento da Dislexia poderá desde já consultar a nova página dedicada a este tema.

“ A dislexia é uma dificuldade específica e durável da aprendizagem da leitura e da escrita, em que não houve a aquisição do seu automatismo, e experimentada por crianças normalmente inteligentes, normalmente escolarizadas e indemes de perturbações sensoriais.”

Debrey- Ritzen e Mélékian

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...