Mostrar mensagens com a etiqueta Lendas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lendas. Mostrar todas as mensagens

domingo, 31 de outubro de 2010

Lendas da Aldeia do Pego

"Lenda da Capela do Senhor dos Aflitos"

Segundo a lenda, um senhor de família deslocava-se certo dia para a herdade do Curtido, através de um caminho de matagal compacto, quando foi surpreendido por uma alcateia de lobos. Desesperado, sem poder reagir, pediu a protecção do Senhor dos Aflitos, conseguindo escapar são e salvo. Ficou tão grato pela ajuda do santo, que mandou construir no local uma pequenina capela, com apenas 3 metros de comprimento, onde, ainda hoje, muitos crentes vão rezar ao santo e fazer as suas ofertas: a Capela do Senhor dos Aflitos, no Largo com o mesmo nome.


“A Mulher Galinha”

Um homem morava num monte perto do Pego. Esse homem ia muitas vezes a uma taberna na aldeia e só chegava de noite a casa. Um dia, quando ia para casa, viu uma galinha com pintos. Ficou espantado, porque as galinhas não são de andar de noite, mas continuou o seu caminho. Uns dias depois, no mesmo caminho, viu outra vez a galinha com os pintos. O homem agarrou na galinha e levou-a para casa. Na manhã seguinte levantou-se e, quando ia para cortar o pescoço da galinha, esta transformou-se numa mulher, que disse: “Quem vai, vai, quem está, está! Agora levas-me a casa às costas antes que o sol nasça. E se contares isto a alguém, venho cá todos os dias gozar contigo e fazer-te mal até que morras!” O homem fez o que ela disse e nunca mais passou naquele caminho. 


domingo, 22 de agosto de 2010

Lendas e Histórias da Aldeia do Pego (cont.)


Na minha busca sobre histórias e lendas sobre a Aldeia do Pego, encontrei na internet este site, “jogo do copo”, onde encontrei algumas histórias sobre bruxas, histórias essas que foram passando os tempos pela sabedoria e contos populares.
As seguintes Histórias foram contadas por Ana Gil Figueira, de 85 anos, habitante do Pego, e recolhidas pela Susana Vinha (Pegacha) em 1991.

“Havia um homem que se chamava Manuel Vicente e vivia nos Negrinhos. Ele trabalhava no Rossio, e como ia de bicicleta costumava descansar pelo caminho e por isso saia muito cedo de casa.
Uma vez, quando chegou à linha do comboio, parou e foi então que ouviu muitas gargalhadas. Prestou mais atenção e viu as bruxas a fazerem um baile, todas numa grande roda. O homem, ao ver aquilo, teve tanto medo que não esperou mais, deu meia volta e voltou para casa.
Quando chegou, meteu-se em casa e fechou a porta. Assim que a porta se fechou, ouviram-se de novo as mesmas gargalhadas. Eram as bruxas a gozarem com ele, rindo-se e batendo as palmas.”
“Em casa do sogro do meu irmão, os filhos eram muito atormentados e o pai desconfiou que eram as bruxas.
Certo dia, encheu um copo com milho-miúdo e pôs atrás da porta. Nessa noite, as bruxas entraram e derrubaram o copo do milho. O homem ouviu o barulho e foi ver o que era. Lá estavam as bruxas a apanhar o milho, pois não podiam sair dali enquanto não apanhassem, um a um, os bagos do milho.
O homem conheceu-as, mas elas disseram que se ele as revelasse a alguém, elas o matariam. Andaram o resto da noite a apanhar o milho, quando se fez dia e se quebrou o “encanto”, as bruxas estavam nuas e o homem teve de as ir levar a casa: Pôs os cabazes no burro elevou-as, uma de um lado e a outra do outro.”
“A minha avó tinha cinco filhos e dormiam todos juntos. Às vezes, durante a noite, chamavam pelo pai e diziam que lhes estavam a puxar o fato. Certa noite o pai levantou-se e, de facto, os filhos não tinham fato nenhum em cima deles. Foi então que o homem ouviu uma grande risada, na sala ao lado, e foi ver o que era. As bruxas lá andavam a cantar e a dançar no meio da “casa-de-fora”, com o fato da cama em cima delas. Quando viram o meu avô, fugiram, largando a roupa.
Isto aconteceu várias vezes.



Nota: Para a Susana Vinha, que elaborou a recolha destas histórias, vai um grande abraço aqui do Pego.

domingo, 18 de julho de 2010

Lendas e Histórias da Aldeia do Pego


A nossa Terra é rica em histórias e Lendas, principalmente de mouras encantadas.
Por exemplo; Diz-se que a palavra Pego deriva de “peligues”, que significa poço sem fundo.
LENDAS
Existe uma lenda que fala de uma bela pegacha que foi vender fruta ao castelo de Abrantes. Ai encontrou um capitão Francês, que se apaixonou pela beleza dela. Ele ofereceu uma borla de ouro, dizendo em mau português “Pegue”. Diz-se que foi a partir dai que os habitantes passaram a ao Pego – Pegue.
Outras das lendas fala que antigamente, as mulheres iam à lenha ou trabalhar para um local que se chama “Negrinhos”. Antes de chegar á ribeira, havia um casarão velho e, era ai, que muitas vezes, uma mulher muito bonita aparecia a pentear-se. Os seus cabelos eram muito compridos e loiros e o pente com que se penteava era de oiro.
Porem, ao sentir o aproximar das pessoas, a mulher desaparecia, sem se saber para onde se ia esconder.
            (extraído de um trabalho realizado pelos alunos da escola básica do Pego em 2005)


Esta lendas e sobretudo das mouras encantadas, são imaginadas no folclore português como jovens muçulmanas enfeitiçadas para guardar os tesouros abandonados pelos mouros expulsos da Península Ibérica. Aparecem junto de nascentes, rios, grutas, ruínas de fortalezas pré-históricas conhecidas como "castros" ou "citânias". Túmulos pré-históricos como os dólmens (comuns em Portugal, onde são chamados antas, palas, orcas ou arcas) são muitas vezes chamados de "casa da moura" ou "toca da moura".
Vistas a cantar e se pentear com pentes de ouro, as mouras prometem seus tesouros a jovens dispostos a desencantá-las com certas oferendas (geralmente de pão ou leite), de preferência no dia de São João. Vale notar que, em tempos pagãos, pão era oferecido aos mortos e leite às fontes e às serpentes. Às vezes, as mouras tomam a forma de mulher-serpente (e nesse caso devem ser desencantadas com um beijo) ou têm asas e vivem em um lugar mítico conhecido como "mourama".
(in: internet)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...