Estão a chegar as Festas da Aldeia do Pego.
Festas de longa tradição na Cultura do Pego, sendo o seu grande embaixador o Rancho Folclórico do Pego, o grupo etnográfico mais antigo em actividade continua do Ribatejo.
Por esse motivo não poderia deixar de aqui prestar a minha homenagem, ao Rancho Folclórico do Pego, que tanto orgulho nos dá!
O Rancho Folclórico do Pego fará a sua actuação no dia 30 de Junho, o 1º dia dos festejos.
Rancho Folclórico do Pego
O Rancho Folclórico do Pego é o principal embaixador itinerante do nome e da cultura Pegacha.
Formado em 1952, inicialmente com seis pares, uns ferrinhos, um saxofone e um acordeão, tinha o nome de "Marchas do Pego" pois, o seu objectivo era o de dançar durante os santos populares, no carnaval, pelos reis, etc.
Em Junho de 1953, pelo apelo de fazer juntar as danças, os cantares e os trajes que eram característicos da época 1900-1920 que se sabia existirem no Pego, mudou de "Marchas do Pego" para "Bailarinos do Pego".
Exibiu-se pela primeira vez como "Bailarinos do Pego" na primeira feira do Ribatejo, hoje também chamada feira nacional de agricultura em Santarém, onde ganhou especial ânimo e, desde então, não parou mais a sua actividade. É em consequência, o mais antigo grupo do Ribatejo com vivência ininterrupta.
Com o aumento dos seus componentes e a criação da Casa do Povo, passou a designar-se "Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego", nome que ainda hoje mantém.
O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego é, também, membro da Federação Portuguesa de Folclore.
Grupo Infantil
Foi formado em 2003, com o intuito de participar nas comemorações do 50º aniversário do Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego.
É, actualmente, composto por 15 pares com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. Os trajes são cópias dos originais usados pelas crianças na época 1920-1930.
É bastante requisitado para apresentações em diversos eventos.
As Danças
Mais de vinte números, alguns conhecidos no pego desde sempre, outros trazidos pelos pegachos emigrantes das zonas onde trabalhavam, passando a dança-las na sua terra, de acordo com o seu modo de sentir.
De movimento viril, como todo o folclore ribatejano, podem destacar-se:
Saias do Pego
Antigamente aos domingos e dias de festa era habitual os jovens do Pego juntarem-se no adro da Igreja Paroquial e ensaiarem algumas danças. O despique mais acentuado acontecia quando das "SAIAS" se tratava.
Dançar no adro da igreja paroquial foi hábito que se perdeu, mas o despique das saias contínua, sempre que é motivo de festa e se juntam os pegachos.
Dois Passos
O casamento no Pego, constitui - sempre constituiu - motivo de festa e convívio e a dança não podia nem pode faltar.
Uma das danças que no Pego mais constituía motivo de despique no "saber dançar", nomeadamente pela dança a prémio, era a moda dos "DOIS PASSOS".Outrora dança de muitas festas e bailes, hoje só para demonstração alguns a vão continuando.
Fandango
Uma das danças mais características do Ribatejo é, sem dúvida, o Fandango.
É uma curioso despique entre dois dançarinos que, no Pego, muitas vezes também entre o rapaz e a rapariga.
Cavalinhos
A maneira de estar, a alegria de viver, a forma de ser bem como a forma de vestir, sempre foram características importantes da identidade da gente do Pego. E dessas características muitos foram os motivos transportados para as suas danças e cantares.
Nesta dança dos "CAVALINHOS", dos alamares de prata do traje domingueiro de 1900, ficou o nome, e da alegria de viver, a dança que os pegachos sempre reafirmam.
Fadinho do Zé da Adega
É uma dança reportada à festa da prova do vinho novo, por altura do S. Martinho. Desenvolvida em forte movimento, não deixa de ser curioso verificar que cabe à mulher - a qual normalmente não bebe vinho -, a parte mais violenta da dança. e o homem com a "cabeça às voltas, pelo vinho que bebeu", lá vai acompanhando.
Passo Rodado
Dança bastante movimentada, desenvolve-se em dois ritmos bem distintos. A mudança de ritmo é comandada pela voz do mandador, que entre o grupo de dançarinos faz sobressair a sua voz, o seu sinal.
Verde Gaio
Sendo uma dança comum a grande parte do território nacional, porque defendido com as particularidades e ritmos de cada uma das regiões, é bem um exemplo da riqueza do folclore português.
No Pego continua a ser dançada como os mais antigos transmitiram que se dançava por volta de 1900.
De salientar que esta informação foi retirada do site do Rancho Folclórico do Pego, local onde poderá saber ainda mais sobre este a história deste Grupo etnográfico.
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