(Fonte: Internet) |
Escolas de Bruxas
Uma rapariga «andava a aprender para bruxa». Um dia, quando
estava em casa, fez uma reza e transformou-se em mosca. Assim transformada,
voou e foi pousar na cantareira. Passados minutos a transformação acabou e a
rapariga, vendo-se em cima da cantareira, assustou-se e agarrou-se à primeira
coisa que encontrou. Era um prato, que caiu e foi partir-se no chão da
casa.
A mãe ao ouvir o barulho veio ver o que se passava e ao ver a filha em cima da cantareira, perguntou-lhe o que fazia ela ali. A rapariga disse então à mãe que andava a «aprender para bruxa» e o que se tinha passado.
A mãe ficou furiosa, ralhou muito com a filha e proibiu-a de voltar a «essas coisas». A rapariga obedeceu, jurando nunca mais «aprender para bruxa».
A mãe ao ouvir o barulho veio ver o que se passava e ao ver a filha em cima da cantareira, perguntou-lhe o que fazia ela ali. A rapariga disse então à mãe que andava a «aprender para bruxa» e o que se tinha passado.
A mãe ficou furiosa, ralhou muito com a filha e proibiu-a de voltar a «essas coisas». A rapariga obedeceu, jurando nunca mais «aprender para bruxa».
Fonte: JANA,
Isilda, Histórias à Lareira, Abrantes, Palha de Abrantes, 1997 ,
p.33
(Fonte: curiosoebizarroo.blogspot.com) |
Zé Burreco
No Pego, antigamente, as casas eram pequenas e, por isso,
era costume os rapazes solteiros dormirem no palheiro do burro.
Certa noite, um homem ainda novo, deita-se e quando está mesmo a adormecer, ouve vozes que o chamam da rua:
— Ó Zé Burreco!
O homem levanta-se, sai à rua e ouve novamente ao longe:
— Ó Zé Burreco!
O homem vai até ao largo do Senhor dos Aflitos e aí ouve de novo o chamamento, mas já num outro largo. Vai então ao largo da Barroca e aí ouve de novo, ao longe:
— Ó Zé Burreco!
Agora as vozes já vinham do largo do Sobral. O homem, teimoso, continua. Vai ao Sobral e lá as vozes continuam a chamá-lo, sempre ao longe.
De largo em largo, o homem vai até ao Fundo d’Aldeia. Ali acabam as casas, mas as vozes continuavam ao longe, vindas agora do caminho do Tejo.
— Ó Zé Burreco!
O homem parou para pensar. E disse para consigo: «Alto aí quisto são as bruxas a querer-me levar p’ró Tejo!». E, amedrontado, voltou para casa. Deitou-se de novo no palheiro e custou a adormecer.
Mas quem não dormiu foram as bruxas. Zangadas, por não terem conseguido o seu intento, foram até ao palheiro e vingaram-se. Na manhã seguinte, o Zé Burreco acordou com a boca cheia de bonicos.
Certa noite, um homem ainda novo, deita-se e quando está mesmo a adormecer, ouve vozes que o chamam da rua:
— Ó Zé Burreco!
O homem levanta-se, sai à rua e ouve novamente ao longe:
— Ó Zé Burreco!
O homem vai até ao largo do Senhor dos Aflitos e aí ouve de novo o chamamento, mas já num outro largo. Vai então ao largo da Barroca e aí ouve de novo, ao longe:
— Ó Zé Burreco!
Agora as vozes já vinham do largo do Sobral. O homem, teimoso, continua. Vai ao Sobral e lá as vozes continuam a chamá-lo, sempre ao longe.
De largo em largo, o homem vai até ao Fundo d’Aldeia. Ali acabam as casas, mas as vozes continuavam ao longe, vindas agora do caminho do Tejo.
— Ó Zé Burreco!
O homem parou para pensar. E disse para consigo: «Alto aí quisto são as bruxas a querer-me levar p’ró Tejo!». E, amedrontado, voltou para casa. Deitou-se de novo no palheiro e custou a adormecer.
Mas quem não dormiu foram as bruxas. Zangadas, por não terem conseguido o seu intento, foram até ao palheiro e vingaram-se. Na manhã seguinte, o Zé Burreco acordou com a boca cheia de bonicos.
Fonte: JANA, Isilda, Histórias à Lareira, Abrantes,
Palha de Abrantes, 1997 , p.33
LENDAS E HISTÓRIAS DA "ALDEIA DAS CASAS BAIXAS"
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