Breve Resume Histórico
O Terramoto de 1755 também conhecido por Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755 às 9:20 da manhã, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê terá atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos (há quem aponte muitos mais[1]). Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu 9 graus na escala Richter.
Relatos da época afirmam que os abalos foram sentidos, consoante o local, durante entre 6 minutos a 2 horas e meia, causando fissuras enormes de que ainda hoje há vestígios em Lisboa. Com os vários desmoronamentos os sobreviventes procuraram refúgio na zona portuária e assistiram ao recuo das águas, revelando o fundo do mar cheio de destroços de navios e cargas perdidas. Poucas dezenas de minutos depois, um tsunami, que actualmente se supõe ter atingido 20 metros de altura, fez submergir o porto e o centro da cidade. Nas áreas que não foram afectadas pelo tsunami, o fogo logo se alastrou, e os incêndios duraram pelo menos cinco dias.
(In: wikipédia)
Relato das consequências do Terramoto na Aldeia do Pego
Quanto à freguesia do Pego, vem na Memória Paroquial, datada de 20 de Abril de 1758, a seguinte descrição:
“Nesta freguezia pella bondade de Nosso Deos na ocazião do terremoto em o primeiro de Novembro de 1755 (não houve) mais do que susto e só em dia quinze de Abril de 1758 prezume-se em rezão de muntas chuvas, se sumergio couza de quatro palmos fazendo varias aberturas huma meia jeira de terra no sitio desta freguezia junto a este lugar do Pego da parte do sul aonde chamão a vargem do Val do féto.”
Na igreja paroquial guarda-se uma imagem da Santíssima Trindade,feita de pedra, segundo concepção qinhentista de certo mérito e com altura de quase um metro. É muito venerada e a tradição atribui-lhe o milagre de o Pego ter sido poupado à catástrofe do terramoto de 1755, que afectou seriamente algumas povoações vizinhas.