quinta-feira, 16 de junho de 2011

Viagem para o local de trabalho… de BTT!

Abrantes – Torres Novas / Torres Novas – Abrantes 
( Total:70Km )
A deslocação para o local de trabalho não tem de ter sempre a mesma monotonia. O mesmo meio de transporte e sempre o mesmo trajecto.
Nesta lógica já a alguns meses decidi que poderia alterar esta lógica. Em colaboração com o meu amigo e colega de trabalho, João Valério, decidimos que tinha chegado a hora de mudar os nossos hábitos e planeia-mos que em certos dias do mês o nosso meio de transporte para o trabalho seria a bicicleta de BTT! Desde então já percorremos mais de 700 km.
Vantagens deste meio de transporte:
  • Melhorias significativas na forma física e saúde
  • Anti-Stress
  • Menos desgaste da viatura automóvel
  • Poupança financeira em combustíveis
  • Contribuição para diminuição do aquecimento global
  • Maior interacção com o meio envolvente/natureza
O percurso escolhido, fora do tradicional trajecto Abrantes – Torres Novas, é ele também um meio de conhecer melhor a nossa região:
Abrantes – Rio de Moinhos - Constância – Tancos – Barquinha – Atalaia – Entroncamento – Meia Via – Torres Novas.

O inicio do percurso, junto ao Quartel de Abrantes

E logo no começo uma bela descida

Subida da Abrançalha

Chegada a Rio de Moinhos

 O primeiro percalço do percurso... Com o sistema de rega a funcionar à que proteger a maquina fotográfica! É que o caminho é em frente!
 Esta parte do percurso, entre rio de Moinhos e Constância é feita pelos caminhos agrícolas.
Pequena Ribeira



Nesta viagem também efectuei um "teste Drive" aos ténis de encaixe e respectivos pedais, o qual decorreu sem qualquer "queda". Depois de vários ajustes durante o percurso lá encontrei o ajuste certo!


Neste Local já se avista Constância.

Chegada a Constância


Os Jardins Ribeirinhos de Constância

De carro passo pela outra ponte...

....mas esta é bem mais bonita!

Chegada á área militar de Tancos. Este local foi a minha "casa" durante quase quatro anos!




A torre Americana

A torre Francesa

A pista de cordas

Neste local, durante o meu Curso de Para-quedista, um "camarada" meu partiu o braço. Ao passar para o outro lado ficou com o braço preso deste lado!

A torre de controlo

Chegada a Tancos

Outro Ângulo

Pequeno trilho

Passagem de velhas glorias "motorizadas" das nossas estradas!

Em tancos deixa-se o alcatrão, e passa-se por aqui...

...vai-se por aqui...

...por esta passagem estreita...
...chegando-se aqui. Ao fundo o castelo de Almorol.


Arrepiado
O porto de Tancos
A caminho da Barquinha

Entrada da Barquinha!

Mais um atalho para se chegar...

...aqui...


...ao jardim ribeirinho da Barquinha!

Praça de touros da Barquinha

Chegada  a ...

...Atalaia!

A caminho do entroncamento passamos juntos da A23, e ao fundo deste caminho...

...chegamos aqui...

...a este pequeno ribeiro!


Entrada do entroncamento

A23... ao fundo os mal amados porticos! (entre as duas saidas/entradas do entroncamento)

A ultima grande subida antes de Torres Novas!

A mãe Égua e os seus filhotes

Passagem pela Meia-Via


Estrada para Torres Novas

Ao fundo... Torres Novas...

e entro na cidade por esta ponte de madeira...

...com esta Paisagem!

Rotunda do município... Torres Novas!

E por fim... chegada ao local de trabalho!
Total deste percurso: 36.2 km
Duração do percurso: 1 hora de 49 minutos

No final do turno de serviço faz-se o percurso inverso. Percurso este que normalmente "termina" do Parque de S.Lourenço em Abrantes, brindando-se o seu terminus com uma(s) mini(s)!!!

sábado, 11 de junho de 2011

Pego a “Aldeia das Casas Baixas”

“ENCONTROS COM A MINHA TERRA”

Pego, a Aldeia das Casas Baixas, é uma terra já com muita história sendo uma das mais antigas e importantes terras do concelho de Abrantes já havendo referencia a “…uma povoação com o nome de Pego..., nos surge supra referida num documento de 1332, portanto no século XIV.”, ou seja a aldeia do Pego como povoação já existe à 700 anos.

A história da “Aldeia das Casas Baixas” já é bastante longa, no entanto também bastante dispersa. “ENCONTROS COM A MINHA TERRA” é a busca desses pedaços de história e conjugá-los num só lugar.

"O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã."  (Autor - Leonardo da Vinci)

Coloco aqui alguns dos artigos já pesquisados e publicados neste Blog, sobre o Pego “Aldeia das Casas Baixas”:

A HISTORIA

 

O terramoto de 1755 na Aldeia do Pego

Memorias Paroquiais – “Censos” da Aldeia do Pego datado de 1758

As Festas do Pego e a sua História

As Festas do Pego e a sua História II

As Festas do Pego e a sua História III

As Festas do Pego e a sua História IV

“As Carvoarias do Pego” II - O trabalho da Mulher Pegacha.

A Historia da Paróquia do Pego

O Pego do Passado

A pronuncia da palavra “Pego”


AS LENDAS

Lendas e Histórias da Aldeia do Pego

Lendas e Histórias da Aldeia do Pego (cont.)


A ALDEIA

ARTESANATO ” PEGACHO” – TRABALHOS EM MADEIRA E CORTIÇA

Artesanato da Aldeia do Pego

Exposição de Artesanato na Aldeia do Pego

Petiscar – A tradição do Pego

Aldeia do Pego em Fotografia

A Aldeia do Pego em Fotografia II

"O orgulho Pegacho"

Características únicas da Aldeia do Pego - A Alma Pegacha

"GATEIRA" Documentário da carvoaria na freguesia do Pego - Abrantes.

A Biblioteca António Botto no Pego

Rancho Folclórico do Pego - Embaixador da cultura da Aldeia do Pego


Havendo muito mais para dizer, contar e relembrar sobre esta grande terra, fica para já este pequeno registo!
"Já que no Pego tivémos que nascer, somos Pegachos até morrer!"

quarta-feira, 8 de junho de 2011

“As Carvoarias do Pego” II - O trabalho da Mulher Pegacha.

Falar das carvoarias e dos carvoeiros sem falar das mulheres que também executavam estes trabalhos árduos, era como deixar um trabalho incompleto e imperfeito.
A mulher Pegacha, grande suporte do homem neste duro trabalho das carvoarias, que por este pais fora ganharam fama de bons trabalhadores e artífices na arte de produção do carvão vegetal, desde cedo, assumiu um papel muito importante, pois alem de partilharem a dureza das tarefas e havia mesmo as que só eram feitas pelas mulheres.
O texto que se segue, é da autoria de ISILDA JANA, professora de história, e também ela uma mulher Pegacha, no qual tenta descrever os pormenores do trabalho árduo das mulheres nas carvoarias.

"A MULHER NAS CARVOARIAS" 
 
""As mulheres sempre estiveram ao lado dos homens nas carvoarias.
Sempre partilharam a dureza das tarefas e havia mesmo as que só eram feitas pelas mulheres.
Todas as tarefas que, de algum modo se podem associar ao trabalho doméstico, eram feitas pelas mulheres: ir buscar água, fazer comida, lavar e tratar da roupa, cuidar dos filhos, ir buscar o “avio” a uma loja da localidade mais próxima. Tudo isto era, normalmente, trabalho da mulher.
Mas a par disto havia o trabalho propriamente dito.
Vejamos o que poderia ser um dia nas carvoarias.
De manhã, muito antes do nascer do sol, o “manajeiro” dava o sinal de acordar. A malta acordava e depois de se vestir e enrolar o fato da cama, partia para o local de trabalho. Ás vezes bem longe.
Os filhos iam com os pais, ou quando já eram crescidos ficavam a dormir e depois iam ao forno.
As mulheres levavam á cabeça o cesto, aviado na véspera, com tudo aquilo que era necessário para fazer a comida do dia.
Chegados ao local de trabalho, era hora de tomar o “desinjum” ( o dejejum), um bocado de pão com conduto ( queijo, toucinho, morcela ), um golo de vinho, ou pouco de leite em pó com cacau. Esta era a primeira refeição do dia.
Entretanto a mulher deixava a posta de bacalhau que iria fritar para se comer com as migas do almoço.
Depois pegava-se ao trabalho. Homens e mulheres ficavam lado a lado a enfornar.
E quando a enforna estava quase pronta, era necessário ir buscar “tapum”, ou tapume (junco, bracejo, fetos ou mato) com que se cobria a lenha antes de” terrar" o forno. Ceifar e trazer à cabeça para o forno grandes “feixos” com que se cobria a lenha era trabalho das mulheres.
Mas antes de ir ao tapume, as mulheres punham ao lume a panela de barro com as batatas para as migas. Eram cozidas com a pele.
Algum tempo depois voltavam as mulheres com grandes feixes á cabeça. Atiravam-nos para o chão e lá começavam a tapar o forno. Mas já eram 11horas e estava na hora de preparar o almoço. As mulheres descasavam as batatas cozidas e fritavam o toucinho em torresmos e no unto faziam as migas. Quando tudo estava pronto, chamavam os homens e as crianças e todos comiam á sombra dos sobreiros.
Depois do almoço, as mulheres lavavam a loiça, deixavam já a panela ao lume com feijão ou grão para o jantar. Logo de seguida pegava-se ao trabalho.
Entretanto, tinha-se acabado a água e lá partiam uma ou duas de cântaro ou barril à cabeça. A fonte era muitas vezes lá bem longe. Uma bica que corria bem fresquinha apesar da secura e do calor tórrido do Verão. Ir e vir podia bem levar meia hora de caminho, mas valia a pena porque, quando chegavam, todos pediam água fresca. O cântaro era depois colocado á sombra e sobre o mesmo era colocado um saco molhado que mantinha a água fresca.
Entretanto a malta, o conjunto das pessoas, cobriu já o forno com o tapume e começou a terrar.
Homens e mulheres cavavam e colocavam terra, tapando a lenha até á fiada, mais ou menos a meio do forno. Depois punha-se a fiada, uma faixa de mato a toda a volta do forno que ajudava a segurara a terra. Dai para cima era mais trabalho dos homens. Era preciso força para levar as pás bem cheias de terra até lá cima. Era um trabalho muito duro.
As mulheres iam cavando á volta do forno, para arranjar terra que os homens com as pás atiravam para cima do forno.
Entretanto as mulheres já juntaram a mistura (arroz, massa, couve…) no feijão ou grão que estava ao lume desde o almoço. Por volta das três da tarde era o jantar. De seguida a sesta.
Eram duas horas, entre as três e as cinco da tarde. A maior força do calor era passada á sombra de um sobreiro ou azinheira. Uns dormiam, outros só descansavam. Por vezes as mulheres aproveitavam para dar uns pontos na roupa ou para fazer algum bordado.
Era tempo de recuperar forças que terminava com o grito:
- Água Fresca! Vindo do manajeiro.
E logo se retomava o trabalho.
Os homens terminavam de terrar o forno e deitavam-lhe fogo e deitavam-lhe fogo. As mulheres começavam a escolher preparar a lenha para enfornar o próximo. É um trabalho que as mulheres não gostavam muito de fazer pois muitas vezes, debaixo da lenha, escondem-se as cobras.
E começa tudo de novo. Até que ao sol-posto homens e mulheres largam o trabalho.
Elas voltam com os cestos á cabeça. Logo que chegam á malhada acende-se o lume e prepara-se a ceia. Arroz ou massa com bacalhau… por vezes misturam batatas, mas é quase sempre o mesmo. Por vezes coelho, uma perdiz, que a caça naquele tempo era farta.
Depois de cear, os homens sentados á volta do lume, contavam histórias, deitavam contas á vida… As mulheres continuavam com a labuta, aviavam o cesto para o dia seguinte, tratavam dos filhos, por vezes lavavam alguma roupa.
E era assim, dia após dia, até ao Domingo.
Ao domingo trabalhavam até ao meio dia. Depois iam para a malhada.
Da tarde os homens descansavam ou iam até á localidade mais próxima beber um copo. Por vezes iam nas bicicletas e traziam o avio. As mulheres continuavam a labuta.
Lavavam-se e lavavam os filhos. E depois, grande parte da tarde era passada a lavar roupa da semana no ribeiro ou barragem mais próxima. Esta tarefa sabia a descanso apesar de não o ser. O sair da rotina, o contacto coma água, o estarem umas com as outras, sem os homens por perto… lavava-se a roupa e as magoas.
Ao fim do dia juntavam-se todos. Ceavam. Os homens contavam as notícias, as crianças comiam regaladas os amendoins ou os rebuçados de meio tostão trazidos pelos pais e ouvia-se a rádio.
Por fim, iam todos para a cama com a certeza de que no dia seguinte o trabalho duro os esperava.
Nas carvoarias a mulher trabalhava duro, tal como o homem.
Em todas as fases do trabalho, desde o corte e tirara cortiça, até ao fazer do carvão todas as tarefas eram partilhadas.
A mulher era o grande apoio do homem, ajudava-o no trabalho e prestava-lhe os cuidados domésticos, cozinhava, tratava da roupa… quando a mulher não acompanhava o homem, este ficava um pouco perdido, dizia-se que “fulano de tal pregou o botão com um arame”. Se andava um homem sozinho eram, normalmente, as mulheres dos outros que lhe tratavam da Panela.
Quando havia situações em que eram só malta de homens, levavam uma cozinheira que tratava das panelas de todos e alguns pagavam-lhe para lhes lavar a roupa.
Em resume, o trabalho sa carvoaria era muito um trabalho de par, em que havia uma grande interdependência entre o trabalho do homem e da mulher. Exemplificando: o homem cortava a lenha, a mulher acarretava-a para o local onde se tirava a cortiça; o homem fazia ” lêves”, a mulher carregava-as até ao forno; a mulher cavava a terra e o homem terrava; o homem fazia “asseiros” e a mulher escolhia o carvão… e eram necessários os dois para ensacar o carvão depois de feito.""

Texto de ISILDA JANA
Professora de história e ex-vereadora da cultura e educação da Câmara municipal de Abrantes

Fotos: Revista "Zahara"

Nota: Este texto está publicado no nº8 da revista "Zahara", publicada pelo Centro de Estudos de História local - Palha de Abrantes, a qual poderá ser consultada na biblioteca do Pego.

sábado, 4 de junho de 2011

58º Aniversário do Rancho Folclorico da Casa do Povo do Pego


DECORRERÁ HOJE O 58º ANIVERSÁRIO DO RANCHO FOLCLÓRICO DA CASA DO POVO DO PEGO.

Com 58 anos de vida sem interrupções, é o rancho mais antigo em actividade do Ribatejo e um dos mais antigos do país.
Não perca a festa do seu aniversário… Aqui na “Aldeia das Casas Baixas”!

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